Mais de uma centena de pessoas juntaram-se, dia 15 de Julho, junto à Embaixada de Cuba, em Lisboa, para exigirem o fim do bloqueio económico, financeiro e comercial dos Estados Unidos, que dura há 60 anos e estrangula as possibilidades de um desenvolvimento sustentável do povo cubano.
A URAP, com outras organizações, integrou o protesto, e afirmou: "Não ao Bloqueio dos EUA! Cuba Vencerá".
Os EUA nunca se conformaram por ter perdido Cuba que era, antes de 1959, um casino e um bordel para os milionários norte-americanos. Após a vitória dos guerrilheiros de Sierra Maestra, tentaram invadir a ilha com tropas mercenárias. Foram derrotados em Abril de 1961. No ano seguinte, o presidente Kennedy decretou o bloqueio a Cuba, que perdura até hoje.
Apesar da reiterada condenação da esmagadora maioria dos países com assento na Assembleia Geral das Nações Unidas, o bloqueio continua, bem como continuam os atentados à soberania do país, negando a mais elementar solidariedade a um país que fornece a vários países do mundo carenciados ajuda nos campos da saúde e da educação, mesmo quando a humanidade se encontra perante um grave problema de saúde pública, a pandemia de COVID-19.
Cuba é uma ilha com poucos recursos, precisa de importar mais de 50 por cento de bens de primeira necessidade. Depois das 243 novas medidas implementadas por Trump, e mantidas por Biden, a existência da pandemia atingiu uma das principais fontes de recursos do país, o turismo, tendo agravado a situação interna.
Os recentes protestos ocorridos em Cuba têm por base as dificuldades que o país atravessa, uma certa insatisfação de uma geração jovem de cubanos que alimentam o “sonho americano”, e as forças retrogradas da Ilha, sempre ajudadas pela CIA, que desvalorizam o enorme esforço de um país onde as necessidades básicas são asseguradas. A própria vacina contra a COVID é de fabrico cubano!
Entretanto, o governo já tomou medidas, que merecem todo nosso apoio e solidariedade, porque como afirmou o presidente Diaz-Canel: “Começou a perseguição financeira, económica, comercial e energética. Eles (a Casa Branca) querem que se provoque um surto social interno em Cuba para convocar ´missões humanitárias´ que se traduzem em invasões e interferências militares”.