Os 50 anos do II Congresso Republicano de Aveiro foram comemorados nesta cidade, dia 31 de Maio, com um jantar que reuniu muitas dezenas de democratas, e no qual participou Jorge Sarabando, o único membro do secretariado do congresso ainda vivo.
Jorge Sarabando relatou a importância da realização, entre 15 e 17 de Maio de 1969, do II Congresso Republicano, no Teatro Aveirense, que reuniu congressistas de todo o país, opositores de várias sensibilidades que se uniram na luta contra o fascismo e o colonialismo e pela instauração da democracia e da liberdade em Portugal.
António Regala interveio em nome da URAP. Falou sobre o papel da organização no momento presente, destacando a sua importância no combate às ideias fascizantes que hoje pululam em Portugal e no mundo.
Sérgio Ribeiro, um dos participantes com uma tese no Congresso, deu nota de como foi importante esta reunião de democratas portugueses perante o governo de Marcelo Caetano que estava preocupado em manter tudo na mesma, embora dando outro nome às estruturas vindas do salazarismo, com o intuito de enganar os incautos e de dar outra imagem internacional.
Avelãs Nunes, por seu lado, comparou os tempos da ditadura e os de hoje, com Portugal integrado numa estrutura europeia que submete o país às directivas de Berlim e de um Banco Central que coloniza os países mais dependentes.
Para finalizar, falaram o vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Jorge Mengo Ratola, que agradeceu o convite formulado pela URAP e as riquíssimas intervenções que disse terem sido muito pertinentes e úteis, e o presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Luís Manuel Souto Miranda, que afirmou a importância de realizações como esta, destinadas a enaltecer prioritariamente o que nos une, deixando para segundo plano o que nos separa.
O Núcleo de Aveiro da URAP prevê fazer uma pequena publicação das profícuas intervenções proferidas na cerimónia.