António Morais, do núcleo de Aveiro da URAP, apresentou, dia 14 de Dezembro, o livro "A PIDE e os seus informadores: o caso de Inácio", da autoria de Paulo Marques da Silva.
Depois de falar sobre o autor e das linhas gerais do livro, António Morais referiu que as situações de autoritarismo - em que os informadores e os PIDE eram os diligentes aplicadores a mando do regime fascista de Salazar e Caetano - se estão a recuperar nos dias de hoje, nomeadamente nas escolas com a eliminação dos Conselhos Directivos eleitos e a nomeação de directores.
O autor, Paulo Marques da Silva, apresentou minuciosamente o livro, referindo quer o papel dos informadores da altura, quer os diferentes géneros de informadores: os permanentes, os ocasionais, os espontâneos, os por raiva ou ódio, e até mesmo os que queriam trepar na vida.
"Era a eles que cabia a função de alargar a delação a todo o país, pois a cobertura dos postos da PIDE em Lisboa, Porto, Coimbra e nas fronteiras era insuficiente. Só nos anos 60 é que abriram mais postos da PIDE, aliás com o aumento e aprimoramento da luta antifascista", afirmou o escritor.