A URAP juntou-se às comemorações dos 90 anos da insurreição do 18 de Janeiro na Marinha Grande, quando os operários vidreiros tomam o poder por algumas horas durante a jornada nacional contra a lei de criação dos sindicatos fascistas, com uma delegação de centena e meia de activistas.
Estiveram presentes, o coordenador da URAP, José Pedro Soares, que usou da palavra durante a cerimónia, e amigos dos núcleos da Marinha Grande, Porto, Coimbra, Aveiro, Figueira da Foz, Peniche, Almada, Seixal, Lisboa, Sintra e Cascais.
José Pedro Soares salientou que os 90 anos do 18 de Janeiro se comemoram no mesmo ano que a Revolução de Abril faz 50 anos, e falou das várias tarefas que os democratas e a URAP devem desenvolver para assinalar a data.
Manuel Pereira, do Conselho Nacional da URAP e presidente da Sociedade Desportiva e Recreativa Garciense (SDRG), dirigiu-se também aos presentes no final de um almoço nas instalações da sociedade, em Garcia, no qual participaram mais de 130 companheiros da URAP.
Depois da romagem às campas de destacados vidreiros, intervenientes no 18 de Janeiro de 1934, que simbolizam a resistência e luta contra a fascização dos sindicatos, os manifestantes deslocaram-se até ao monumento em Homenagem à Luta dos Vidreiros da Marinha Grande.
No local intervieram David Vergueira, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV), e Filipe Marques da CGTP.
A jornada terminou com uma visita ao Museu do Vidro Museu do Vidro da Marinha Grande instalado no Palácio que foi residência de Guilherme Stephens, edifício do séc. XVIII, de inspiração neoclássica integrado em elegantes jardins desenhados segundo o modelo inglês. Segundo o site do museu, este possui uma colecção constituída por vidraças artísticas, vidros antigos que remontam aos tempos da fundação da fábrica, admiráveis colecções de taças, jarras, jarrões e outras peças de cristal lapidado e também peças provenientes de vários centros de fabrico nacionais, produzidas entre o séc. XVII e o séc. XX.
Estão também representados em ambiente cénico, um espaço fabril e uma pequena oficina doméstica, com os objectos reportados ao fabrico do vidro. Nas diversas salas poderá ver-se ainda quadros, mobiliário, documentos, livros e outros objectos ligados à história do vidro em Portugal.