A Palestina enfrenta uma vez mais uma ofensiva por parte do governo de Israel, que pretende anexar, pela força das armas, Jerusalém Oriental, contrariando as resoluções da ONU, que defendem a criação de um Estado palestiniano.
A União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) condena mais estes bombardeamentos aéreos por parte de Israel, assim como as acções que visaram inicialmente a expulsão de palestinianos de suas casas em Sheikh Jarrah e o impedimento do acesso à mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, que já provocaram em três dias cerca de 50 mortos em Gaza, incluindo crianças, e três centenas de feridos na Cisjordânia.
Entretanto, nos dois últimos dias, os bombardeamentos atingiram diversos edifícios, fábricas, residências, as sedes da Polícia e das forças de segurança em Gaza, bem como a Universidade Islâmica de Gaza. Segundo a PressTV teriam morto, quarta-feira, dois comandantes do Hamas.
A URAP solidariza-se com o povo palestiniano que luta contra a ocupação e pelos seus direitos internacionalmente reconhecidos, e apela ao governo português para que tome uma posição consentânea com as resoluções das Nações Unidas, usando o lugar que neste momento ocupa na presidência rotativa do Conselho da União Europeia.
Apela igualmente à libertação dos milhares de presos políticos palestinianos das prisões israelitas, o fim do bloqueio à população palestiniana na Faixa de Gaza, a concretização do direito do povo palestiniano a um Estado independente, com as fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental, e do direito ao retorno dos refugiados palestinianos.
Vários países e organizações, entre as quais a ONU, vieram já manifestar preocupação com a expulsão de palestinianos “no Bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, das casas onde habitam há gerações, para as atribuir a colonos judeus, em nome de um pretenso ancestral direito de propriedade”.
O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) condenou igualmente a “violência do exército, da polícia e dos colonos israelitas sobre palestinianos em Jerusalém e atribui toda a responsabilidade pela explosão de violência à ocupação por Israel e aos seus apoiantes”.
A URAP apela à participação de todos os democratas na segunda-feira, dia 17 de Maio, no Martim Moniz, em Lisboa, e na Praça da Palestina (Rua Fernandes Tomás), no Porto, nas concentrações de solidariedade com o povo palestiniano, contra a violência de Israel em Jerusalém, Gaza e Cisjordânia, promovidas pela CGTP-IN, o CPPC e o MPPM.