
Censura militar. Despótica e imbecil)
Ilusão
de que as cinco agulhas do silêncio
cosiam na boca o esgar
dum Grito que afinal começa sempre na mão
e só existe quando acabamos de o gritar.
José Gomes Ferreira
Ilusão
de que as cinco agulhas do silêncio
cosiam na boca o esgar
dum Grito que afinal começa sempre na mão
e só existe quando acabamos de o gritar.
José Gomes Ferreira
Cultura > Poesia
Fernando Namora
O apito da fábrica,
silêncio de sangue,
uma dor de punhais
rasgando entranhas.
Cultura > Comentário Literário
Diz -nos como é uma árvore para que não duvidemos de que algo no mundo, fora destes muros, continua a lutar contra a infâmia, contra a mentira, contra a crueldade demencial dos inimigos da vida, diz -nos como é e onde está a justiça para que lhe arranquemos a venda e assim ela possa ver, enfim, a quem, na realidade, tem estado a servir, mas não nos digam como é a dignidade porque o sabemos já, porque, mesmo quando ela parecia não ser mais que uma palavra, compreendemos que era a própria essência da liberdade em seu sentido mais profundo, esse que nos permitia dizer, contra a própria evidência dos factos, que estávamos presos, mas éramos livres. Este livro o demonstra, como um sopro de ar fresco que vem derrotar o cinismo, a indiferença, a cobardia. Também demonstra que há uma possibilidade real de acedermos à esfera do verdadeiramente humano. Marcos Ana esteve lá. Esteve e estará enquanto viva. Agradeçamos -lhe a simplicidade, a naturalidade com que é um homem. Inteiro, autêntico, completo.
Do Prólogo PARA MARCOS ANA
de José Saramago
Digam-me Como É Uma Árvore - Dos Cárceres Franquistas à Liberdade
Marcos Ana
Prólogo de José Saramago
Tradução: Maria do Carmo Abreu
384 Páginas
Colecção: O Passado e o Presente
19,90 €
Cultura > Poesia
Ary dos Santos
Ao cabo de Cabo Verde
dobrado o cabo da guerra
quando o mar sabia a sede
e o sangue sabia a terra
acabou por ser mais forte
a esperança perseguida
porque aconteceu a morte
sem que se acabasse a vida.
Cultura > Poesia
Ary dos Santos
Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
Contribui!
Sabe como.
Inscreve-te e actualiza a tua quota
Sabe como