O departamento de Ciências Sociais e Humanas do Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo, distrito de Viseu, organizou, no âmbito das comemorações da Revolução dos Cravos, uma conferência/debate, com duas sessões, sobre "Portugal antes e depois do 25 de Abril", para a qual convidou a URAP.
As sessões foram realizadas no auditório da Loja do Cidadão, de Penalva do Castelo, ao mesmo tempo que se encontrava patente na sede da escola uma exposição sobre o 25 Abril cedida pela URAP.
A mesa da conferência era constituída por António Vilarigues, do Conselho Nacional da URAP, Isabel Nogueira, professora e coordenadora do departamento de Ciências Sociais e Humanas, e Francisco Guedes, em representação da direcção do agrupamento de escolas, que presidiu às duas sessões.
Estiveram presentes 160 alunos, do 6º, 9º e 12º anos e alunos de educação especial e economia dividida em duas sessões (83 alunos na primeira e 77 na segunda). Uma para o 9º, 10º C, 11ºD e 12º C de cozinha e outra para o 6º ano, 12ºB e os alunos de educação especial.
As intervenções versaram sobre o que é a URAP, o seu papel e actividade; a caracterização da juventude estudantil e juventude trabalhadora antes e depois do 25 de Abril, com exemplos concretos; as escolas que não eram mistas, e a inauguração, só em 1986, da Escola Secundária de Penalva do Castelo; o número de alunos no ensino superior: 24 mil em 1974 e 433 mil este ano lectivo.
Sob projecção de imagens, os oradores falaram ainda sobre dados colhidos num livro da URAP sobre o Movimento da Juventude Trabalhadora, a guerra colonial e suas consequências na vida dos jovens, o número de mortos, feridos e deficientes que causou. E ainda sobre aspecto particulares como as necessidades de licença de isqueiro e de pedido para o casamento das professoras, e a proibição das enfermeiras de casar.
As sessões foram antecedidas por um período musical de canções alusivas ao 25 de Abril - um medley com canções do Zeca Afonso e as duas senhas do 25 de Abril - a cargo do funcionário/músico João Marcelo na 1º sessão e 2ª sessão e a cargo dos alunos do 6º ano de música orientados pela professora Lídia Almeida, na segunda sessão. Um solista e o coro do 6º ano interpretaram o refrão de A Gaivota, enquanto se erguiam cartazes.
As sessões contaram também com a colaboração do grupo de educação especial e do grupo de educação visual do 3º ciclo, professor Paulo Pires, na produção de materiais para a decoração do auditório.