O Conselho Nacional (CN) da URAP, eleito a 27 de Maio passado, realizou a primeira reunião, dia 23 de Setembro, na Casa do Alentejo, em Lisboa, com a presença de mais de 50 dirigentes vindos de todo o país onde a URAP mantém actividade, dinamizada pelos respectivos núcleos.
Os conselheiros debateram a acção da URAP, que vai ser virada essencialmente para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.
Nesse sentido, a URAP apelou “aos seus associados, ao movimento associativo, às forças democráticas, a todos e a cada um para que encontrem na sua terra, no seu local de trabalho, na sua associação ou entre amigos a melhor forma de participar e organizar as celebrações populares dos 50 anos do 25 de Abril”.
Segundo o documento final do CN, intitulado ´Viver, lutar e celebrar os 50 anos do 25 de Abril´, “são muitas e fortes as razões para se evocar e celebrar os 50 anos do 25 de Abril. Fortes as razões para continuar a luta para defender as conquistas atacadas por mais de quatro décadas de política de direita. Fortes as razões para exigir o direito à habitação e continuar a luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública e da Segurança Social”.
Durante a reunião identificaram-se as linhas de ataque às conquistas e ideias de Abril que é preciso combater, e foi lançado um apelo para que se organizem eventos que recordem as muitas actividades dos núcleos, usando “o trabalho de pesquisa (…) na Torre do Tombo e outros arquivos no levantamento dos presos da PIDE”.
O documento do Conselho Nacional apontou como linhas de trabalho a realização de sessões para apresentar a actividade editorial da URAP; as actividades junto das escolas e universidades; as comemorações populares, desfiles e manifestações no dia 25 de Abril; a realização, a 26 de Abril de 2024, de uma conferência, em Lisboa, com o lema ´50 anos do 25 de Abril, democracia e liberdade, fascismo nunca mais´.
Sem esquecer a inauguração do Museu Nacional Resistência e Liberdade na Fortaleza de Peniche, a 27 de Abril de 2024; a criação do Museu da Resistência Antifascista no Porto; a instalação de um “Espaço de Memória” na Fortaleza de Angra do Heroísmo, o documento considerou que a URAP deve comemorar Abril “nos combates de todos os dias”.
A reunião do Conselho Nacional debruçou-se sobre as tarefas imediatas como o encontro de 5 de Outubro, em Peniche, o encontro da paz e a campanha de fundos para aquisição da nova sede da URAP.
O documento final do CN termina apelando a que “celebremos o 25 de Abril, o Dia da Liberdade e início do processo transformador que se lhe seguiu, festejemos este relevante marco histórico que enfrentou e derrotou a opressão fascista, as guerras coloniais e o colonialismo, melhorando as nossas vidas, o país e o mundo”.