O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto celebra-se no dia 27 de Janeiro, aniversário da libertação pelo Exército Vermelho soviético do campo de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, onde 1,1 milhões de pessoas foram exterminadas pelos nazis.
Para o assinalar, Eugénio Ruivo, coordenador do núcleo de Mafra da URAP, foi convidado por uma turma do 9° Ano da EB 2-3, da Venda do Pinheiro, onde os alunos leram textos de Anne Frank, a adolescente alemã de origem judaica, morta aos 15 anos, que descreveu num diário, Diário de Anne Frank, a sua vida e a da sua família enquanto estavam escondidos, editado em 1947.
A 27 de Janeiro de 1945, quando os soviéticos entraram em Auschwitz só já libertaram pouco mais de 7 mil prisioneiros, dado que em meados de Janeiro de 1945, quando as forças soviéticas se aproximavam do complexo, os guardas das SS deram início à evacuação.
Perto de 60 mil prisioneiros foram forçados a marchar em direcção a oeste. Nos dias anteriores tinham aniquilado tantos quantos podiam nos campos, e levaram para a cidade de Wodzislaw, na parte ocidental da Alta Silésia, dezenas de milhar de presos.
Os guardas abateram a tiro os que, sem forças, iam caindo pelo caminho. Debaixo de um frio intenso, caminhando sobre a neve, e com fome, estas marchas deram cabo de outros 15 mil.
Na sua intervenção, Eugénio Ruivo falou da repressão durante o Portugal fascista, a existência do Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, e outras prisões políticas como Caxias, Peniche, Aljube e Porto.
Depois de lembrar que a liberdade não é um dado adquirido, o orador, ele próprio ex-preso político, marcou novo encontro para Abril para recordar o que foi a ditadura fascista, a falta de liberdade, a censura, a guerra colonial, a repressão sobre trabalhadores e estudantes, a proibição do voto das mulheres, o analfabetismo, o trabalho infantil, entre outros temas.
A URAP lembra a data da libertação de Auschwitz e da vitória sobre o nazi-fascismo a 27 de Janeiro, data proclamada pela ONU como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, ao mesmo tempo que presta homenagem às vítimas e apela ao combate contra o semitismo, o racismo, a xenofobia e todas as formas de discriminação.