Marília Villaverde Cabral, vice-presidente da Assembleia-Geral da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), participou por videoconferência no Fórum Feminista 2022, que decorreu em Bruxelas nos dias 1 e 2 de Março, por iniciativa do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde (GUE/NGL), do Parlamento Europeu.
O grupo coordenador, do qual faz parte Sandra Pereira, deputada do PCP no GUE/NGL, que introduziu vários temas, convidou, para além de Portugal, diversas personalidades de países como a Alemanha, Bélgica, Polónia, Espanha, França, Suécia, Rússia, Grécia, Cuba, Bolívia, Afeganistão e Namíbia.
No Fórum, por Portugal, falaram: Marília Villaverde Cabral, sobre “A resistência das Mulheres na Europa, a extrema-direita e as forças reaccionárias”; a ginecologista Ana Abel, do Movimento Democrático de Mulheres, sobre “A invisibilidade das Mulheres na medicina e o seu direito à saúde”; e Maria da Conceição Dias Mendes Araújo, assistente social na ONG “O Ninho”, sobre “Violência contra as Mulheres: Prostituição e Pornografia”.
Na sua intervenção, a dirigente da URAP explicou o que é a organização e o trabalho que esta desempenhou e desempenha na sociedade portuguesa.
Baseou-se no mais recente livro editado pela URAP “Elas estiveram nas prisões do fascismo”, que traz uma listagem de 1.755 mulheres que estiveram presas, para contar como em Portugal a mulher teve uma actividade fundamental durante a ditadura: “Temos vindo a apresentar (o livro) em sessões em todo o país, para divulgar o papel da mulher na luta contra o fascismo e também contra o esquecimento do que foi o fascismo em Portugal nos cinzentos 48 anos”.
“A URAP, procurando no passado, para que a luta destes heróis não caia no esquecimento, tem sempre os olhos postos no futuro, porque hoje ainda se torna mais necessária esta luta quando vemos forças populistas, xenófobas e racistas a crescerem por toda a Europa, incluindo em Portugal, como se verificou nestas últimas eleições legislativas”, afirmou Marília Villaverde Cabral.
Do programa do Fórum fazia ainda parte a projecção do filme de 2021 “Mise à nu”, do realizador francês Didier Bivel, seguida de debate, e o concerto da costa-marfinense Manou Gallo: a rainha do afro ´groove´.
O Grupo GUE/NGL é constituído por 52 deputados (26 mulheres e 26 homens) ao Parlamento Europeu, oriundos de toda a Europa e empenhados na paz, na solidariedade, na justiça social, na igualdade, na democracia e nos direitos humanos.


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