Um grupo de sócios do núcleo da URAP de Almada organizou uma visita guiada, dia 9 de Outubro, ao Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, e deslocou-se a alguns locais emblemáticos da resistência ao fascismo nesta cidade ribatejana.
Durante a manhã, o grupo de 11 sócios visitou a cidade, dirigindo-se nomeadamente às casas onde nasceram e residiram alguns dos principais escritores do neo-realismo, e da parte da tarde realizou uma visita ao museu, acompanhado pelos técnicos do museu Lídia Agostinho e Jorge Carvalho.
O Museu do Neo-Realismo foi inaugurado em Vila Franca de Xira a 20 de Outubro de 2007, após diligências de um grupo de intelectuais ligados ao movimento neo-realista, que criou uma Comissão Instaladora do Museu do Neo-Realismo e a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo.
Numa primeira etapa, em 1993, criou o Centro de Documentação do Museu, em local provisório, que a pouco e pouco alargou a área arquivística e bibliográfica com a aquisição de um vasto conjunto de colecções museológicas, com destaque para espólios literários e editoriais, arquivos documentais (impressos e audiovisuais), acervos iconográficos, obras de arte, bibliotecas particulares e uma biblioteca especializada na temática neo-realista.
Segundo o catálogo do próprio museu, este “tem como função incorporar, preservar e dar a conhecer o trabalho dos artistas e escritores neo-realistas, preservando a memória do que foi o movimento neo-realista, um dos mais importantes da história e da arte portuguesa do século XX. Em simultâneo tem conseguido também, através de uma ambiciosa programação, olhar para as novas gerações de artistas e para a ligação do movimento com a produção artística e literária contemporânea, ultrapassando as fronteiras da sua vocação temática original para se situar, cada vez mais, no território das ideias e da cultura do século XXI”.