No âmbito das celebrações dos 50 anos do 25 de abril, a URAP vai realizar no dia 26 de abril, uma Conferência Internacional. A Conferência decorrerá em Lisboa, na Escola Secundária de Camões.
A Conferência, valorizando o significado histórico da Revolução de Abril, aprofundará, 50 anos depois, o que representou para os portugueses, para os povos colonizados e para o mundo o derrube do regime fascista – o fim das guerras nas colónias, a libertação dos presos políticos, a conquista da liberdade e da democracia, o novo tempo de progresso e de participação popular nos muitos avanços e transformações realizados.
A Conferência não poderá deixar de lembrar o resultado gravoso das políticas neoliberais e de direita da maioria dos governos nas últimas décadas, que se traduziram em retrocessos, no agravamento das injustiças, na falta de resposta aos muitos problemas, no desrespeito e não cumprimento de direitos e conquistas emblemáticas da Revolução de Abril, inscritos na Constituição da República Portuguesa.
A Conferência dará especial destaque ao tempo presente e ao futuro – à análise e reflexão sobre o crescimento de forças de direita e extrema direita, e mesmo com formas fascistas e fascizantes, no nosso país e no mundo; quem são, o que pretendem, o que representam; a natureza dos seus projetos retrógrados e conservadores; a sua natureza de confronto com os avanços históricos alcançados em resultado das lutas dos povos nos últimos séculos e décadas, pela liberdade, a justiça social e os direitos políticos, sociais, culturais, e económicos, por um mundo mais igual e mais justo.
A Conferência evocará a importância da unidade das forças democráticas, da atividade antifascista e do seu alargamento a mais largas camadas da sociedade. Exortará para o combate à mentira, ao anticomunismo e ao branqueamento do fascismo, contra o militarismo e a guerra, contra a manipulação e o projeto imperialista de domínio económico e ideológico do mundo.
Apelará à luta constante pela paz e por uma nova ordem internacional assente nos princípios universais do respeito pelos povos, as suas culturas, as suas decisões.
Serão oradores:
• Aida Rechena, diretora do MNRL (Museu Nacional Resistência e Liberdade) na Fortaleza de
Peniche
• Ana Prestes (Brasil), professora, socióloga
• Andrea Catone (Itália), Diretor e Editor da MarxVentune.
• António Filipe, professor e deputado
• Carlos Santos Pereira, jornalista
• Carlos Tomé (Açores), escritor
• César Roussado, membro do Conselho Diretivo da URAP
• Domingos Lobo, escritor, jornalista
• Edgar Silva, investigador, deputado regional na Madeira
• Filippo Giuffrida Repaci, vice-presidente da FIR (Federação Internacional de Resistentes)
• Fundação Amílcar Cabral
• Georges Lamberto, estudante universitário
• Gonçalo Paixão, jovem trabalhador da Interjovem
• Ilda Figueiredo, ex-deputada no Parlamento Europeu, autarca e presidente do Conselho Português
para a Paz e Cooperação
• José Goulão, jornalista
• José Pedro Soares, Coordenador do Conselho Diretivo da URAP
• Luís Farinha, historiador, professor universitário, primeiro diretor do Museu do Aljube Resistência
e Liberdade
• Manuel Loff, historiador, professor universitário
• Marina Teitelboim, embaixadora do Chile
• Martins Guerreiro, militar de Abril
• Rita Rato, diretora do Museu do Aljube Resistência e Liberdade
• Sébastien Laborde, jornalista e sociólogo (França)
• Ulrich Schneider, jurista, secretário-geral da FIR (Federação Internacional de Resistentes)
• Willy Meyer (Espanha), sociólogo, membro da associação antifascista Marcos Ana.