Foi a 27 de Janeiro de 1945, há 76 anos, que o Exército Vermelho libertou os prisioneiros do Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau, localizado na Polónia, onde morreu um milhão de pessoas.
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto assinala, para além da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, o 21.º aniversário da adopção da Declaração de Estocolmo, sobre a qual foi criada a International Holocaust Remembrance Alliance (IHRA), e o 16.º aniversário da adopção de 27 de Janeiro como o Dia Internacional da Memória do Holocausto pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Portugal tornou-se membro da IRHA em Dezembro de 2019 para homenagear os milhões de vítimas provocadas pelo genocídio da Alemanha nazi sobre os judeus, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, opositores do regime nazista, entre muitos outros, ocorrido durante a II Guerra Mundial. Na totalidade dos campos de extermínio nazi morreram cerca de 5 milhões de seres humanos.
A data costuma ser evocada em Auschwitz com a presença de sobreviventes, numa homenagem organizada pela Federação Internacional de Resistentes (FIR), que a URAP integra, onde, para além de se lembrar as histórias dos sobreviventes, assume-se também a responsabilidade de lutar contra o anti-semitismo, o racismo, a xenofobia ou outra qualquer forma de intolerância e discriminação.
Uma delegação de jovens da URAP participa regularmente nas viagens ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau durante o Verão, destinadas a mobilizar a juventude e a dar-lhes a conhecer esse período negro da História mundial, organizadas pela Federação Internacional de Resistentes (FIR - Associação Antifascista), em colaboração com o Instituto dos Veteranos (INIG) e a Fundação Auschwitz. O “Comboio dos Mil”, como são apelidadas por integrarem mil jovens europeus, não se concretizou em 2020 devido à pandemia da Covid-19.
Este combate hoje é tanto mais importante quanto estas ideias estão a ter acolhimento e a crescer em Portugal e no mundo, como se viu no recente acto eleitoral, facto que deve alertar todos quantos defendem a democracia e os direitos humanos.