A 11 de Setembro de 1973 um sangrento golpe militar, apoiado pela CIA, punha fim à experiência democrática do governo de Unidade Popular (UP) de Salvador Allende e abria caminho ao terror da ditadura de Augusto Pinochet.
O palácio presidencial de Salvador Allende, presidente eleito democraticamente, foi bombardeado e, com ele, muitos chilenos foram fuzilados e presos. Ainda hoje centenas de chilenos estão desaparecidos e os seus corpos nunca foram encontrados.
O golpe militar baniu os partidos políticos e organizações e perseguiu os democratas. Fez mais de 3.000 mortos e desaparecidos e forçou 200 mil chilenos ao exílio. Durou até 1990.
A UP, liderada pelo socialista Salvador Allende, era composta pelo Partido Comunista (PC), o Partido Socialista (PS), mais um pequeno partido dissidente da DC, o Movimento de Acção Popular Unificado (MAPU) e pequenas agrupações como o Partido Radical.
A propósito da composição da UP, o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger afirmou: “não vejo por que temos de ficar parados e assistir a um país tornar-se comunista devido à irresponsabilidade do seu próprio povo”.
Assim, a 11 de Setembro de 1973, o exército chileno, com suporte dos EUA, bombardeou o Palácio de La Moneda, sede do governo, e invadiu o edifício em destruição para retirar o presidente. Num acto heróico, Allende pôs termo à vida.
A URAP saúda todos os democratas e antifascistas do Chile e tudo fará para recordar a luta dos povos do mundo para que a memória não se apague.