Apesar destes tempos difíceis que atravessamos e dos constrangimentos a que pandemia nos obrigou, a URAP manteve, dentro dos limites estabelecidos, a actividade.
Mantiveram-se reuniões regulares da Direcção, dos Núcleos (ou presenciais ou online). Manteve-se a saída dos boletins nos tempos previstos. Houve contactos regulares com os sócios e outros democratas, através da Página e do Facebook.
Cumpriu-se o que se considerou sempre um dever com a Homenagem aos que, por amarem a Liberdade, foram mortos no Tarrafal.
A 15 de Fevereiro, a URAP, em conjunto com outros democratas, participou na evocação dos 50 Anos da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos (CNSPP), no Auditório do Liceu Camões.
A 28 de Fevereiro, uma delegação da URAP foi recebida na Assembleia da República pelo vice-presidente António Filipe, a quem foi entregue a Petição contra o Museu Salazar, contendo 11.154 assinaturas.
A 17 de Abril, José Pedro Soares participou numa videoconferência com alunos e professores da Escola João de Barros em Corroios.
A 20 de Abril, o núcleo da URAP do Porto inaugurou um ciclo de sessões de cinema, no âmbito do projecto “Do Heroísmo à Firmeza”.
Celebrou-se o 25 de Abril, enviando aos associados um documento em que se apelava para que se cantasse, às janelas, a “Grândola Vila Morena” e nas sedes de Lisboa e Setúbal, para além da música, ofereceram-se cravos a quem passava.
A 12 de Junho, em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras e outras Organizações, é inaugurada uma peça escultórica evocativa da libertação dos presos políticos em Caxias.
Em 16 de Junho, a Comissão da Cultura e Comunicação da Assembleia da República discutiu a Petição para que se trave e abandone a criação do “Museu Salazar” em Santa Comba Dão, com a presença de uma delegação da URAP.
Em 21 de Julho, foi assinado o Protocolo entre a URAP e a Direcção-Geral do Património, relacionado com o Museu Nacional Resistência e Liberdade.
A 25 de Julho, o núcleo do Porto, evocou a militante antifascista Virgínia Moura, na data do seu aniversário.
A 17 de Setembro, José pedro Soares participou numa Sessão em Évora na Coletividade SOIR – Joaquim António d’Aguiar, sob o tema “ o passado foi lá atrás”
Em 17 de Outubro, o núcleo de Aveiro, homenageou o militante antifascista Seiça Neves.
Em 30 de Outubro, não se quis deixar esquecer a data em que a URAP, com centenas de democratas, iniciou a luta contra a pretensão do Governo de, no Forte de Peniche, instalar uma pousada. Assim, a URAP assinalou este dia com intervenções na Fortaleza, de Adelino Pereira da Silva, Álvaro Pato, Anabela Carlos, José Pedro Soares, seguidas da leitura de poemas ligados à luta e à resistência. O vídeo sobre esta iniciativa pode ser visto na Página e no Facebook da URAP.
Em Novembro, o núcleo da Moita organizou um ciclo de cinema, antecedido de debates sobre os temas dos filmes.
Em 2 de Dezembro, José Pedro Soares participou numa acção de formação para professores da Região Centro e numa visita guiada ao Museu Nacional Resistência e Liberdade, em Peniche.
A 9 de Dezembro, José Pedro Soares participou num debate, na Escola Internacional de Torres Vedras.
Quanto aos aspectos organizativos, podemos informar que durante este ano entraram para a URAP 80 novos sócios.
O esforço para actualizar o ficheiro tem dado frutos, permitindo-nos que, de uma forma mais regular, possamos contactar, com mais precisão, os núcleos e os associados.
A recolha da quotização tem melhorado, o que, com rigor, se tem conseguido equilibrar as contas, o que tem permitido levar avante as iniciativas e os objectivos programados.
Uma outra frente de actividade tem vindo a alargar-se: pedidos de ajuda de jovens estudantes para as suas teses de mestrado ou doutoramento. A URAP, dentro das suas possibilidades, tem tentado responder a esses pedidos.
A investigação na Torre do Tombo tem prosseguido, sendo uma ajuda imprescindível para os projectos em curso, quer quanto à actividade dos núcleos, quer quanto ao enriquecimento do conteúdo dos livros que a URAP está a preparar para editar, como o livro sobre as mulheres que estiveram presas, o livro sobre a prisão de Caxias e o das Fortalezas de Angra do Heroísmo.
Para além destas Iniciativas atrás descritas, a URAP participou, conjuntamente com outras Organizações em iniciativas pela Paz, pela solidariedade com outros povos, contra o racismo e a xenofobia.
A URAP, mesmo nestes tempos difíceis, manteve sempre as ligações com outras Organizações congéneres, participando com artigos e tomadas de posição nos seus Boletins.
Lisboa, 10 de Abril de 2021
Aprovado em Assembleia-Geral