O Museu Nacional Resistência e Liberdade (MNRL) inaugura a primeira exposição internacional, “Candelabro ASM – Aristides de Sousa Mendes: o Exílio pela Vida”, no dia 25 de Abril na presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca, e de uma delegação da URAP encabeçada por Marília Villaverde Cabral.
A exposição, que abre ao público dia 27 de Abril e estará patente até Outubro de 2021, é uma parceria entre a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), a Sousa Mendes Foundation, de Nova Iorque, e o Comité Sousa Mendes, de Bordéus, e nela participam cinco países: Portugal, França, Alemanha, EUA e Canadá.
Uma vídeo-escultura de Werner Klotz, artista residente em Berlim que se tem destacado na arte pública, é a peça central da exposição internacional, que decorre no âmbito da programação cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
A escultura interpreta a dificuldade de Aristides de Sousa Mendes nos dias anteriores à decisão que salvaria milhares de vidas do terror nazi.
Segundo a Direcção-Geral do Património Cultural, a exposição da Fortaleza de Peniche evoca “o legado de Aristides de Sousa Mendes (…), estando assim em linha com a missão assumida pelo MNRL enquanto Museu de Memória, vocacionado para a disseminação dos valores e princípios de Cidadania, dos Direitos Humanos e da Liberdade”.
Aristides Sousa Mendes, enquanto cônsul de Portugal em Bordéus, em 1940, desobedeceu às ordens do governo de Salazar e concedeu milhares de vistos para Portugal aos judeus que fugiam da perseguição nazi durante a II Guerra Mundial.
Foi proscrito até à morte pelo regime fascista e apenas reabilitado depois da Revolução dos Cravos, em 1988, quando o Estado Português repôs o seu estatuto de diplomata. A 3 de Abril de 2017, dia do aniversário da sua morte, Portugal atribui-lhe a Grã Cruz da Ordem da Liberdade. Em Junho de 2020, o Parlamento votou por unanimidade que lhe fossem concedidas honras de Panteão Nacional.


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