O resistente antifascista Carlos Costa faleceu esta segunda-feira, dia 6 de Setembro. O corpo estará entre as 9h e as 10h de quinta-feira, dia 9, na Igreja do Colégio, em Portimão, e será cremado às 12h, no cemitério de Albufeira.
Nascido em 1928, em Fafe, Carlos Costa, lutador desde os seus tempos de juventude, aderiu ao PCP em 1943, tendo-se destacado como dirigente e militante, foi igualmente um dos fundadores do MUD (Movimento de Unidade Democrática) Juvenil, tendo sido membro da sua Comissão Central. Em 1948, aos 20 anos, foi preso pela primeira vez.
Conheceu a vida na clandestinidade e assumiu responsabilidades por organizações do PCP de Lisboa e do Algarve.
Em Junho de 1953 volta às prisões do fascismo, tendo participado na conhecida fuga de Peniche, a 3 de Janeiro de 1960, juntamente com outros camaradas seus, entre os quais Álvaro Cunhal.
Em Dezembro de 1961 é novamente preso pela PIDE, apenas saído em liberdade condicional em Agosto de 1969, tendo em seguida retornado à clandestinidade.
Depois da Revolução de Abril de 1974, foi sucessivamente eleito deputado à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral do Porto, nas eleições de 1979 a 1987.
Era membro da URAP.
A URAP endereça a todos os seus familares, especialmente à sua companheira Margarida Tengarrinha, as suas mais sinceras condolências. O seu legado de combatente antifascista, também nos tempos actuais, permanece como exemplo de permanente actividade antifascista e em prol da democracia e liberdade.