Firmino João Martins, sócio da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), lutador antifascista e membro do Partido Comunista Português, morreu dia 12 de Novembro, em Albufeira, Algarve, aos 96 anos.
Firmino Martins empenhou-se recentemente na luta pela criação do Museu Nacional Resistência e Liberdade, situado na antiga cadeia fascista do Forte de Peniche.
Nasceu em Paderne, concelho de Albufeira, em 1925, foi Revisor da CP, aderindo ao Sindicato dos Ferroviários em 1946, do qual foi dirigente. Foi militante do PCP desde o início dos anos 50 do século passado.
Firmino Martins foi perseguido pela PIDE e esteve preso na cadeia de Caxias na primeira metade da década de 50. Sofreu nova prisão, na cadeia de Peniche, entre Março de 1964 e Novembro de 1965. Nas lutas dos trabalhadores ferroviários, denominada “Braçadeira Preta”, em 1969, foi preso novamente, o que gerou uma enorme campanha pela sua libertação, que aconteceu um mês depois. Firmino Martins saiu durante esse ano do país, exilando-se em França, onde ficará até 27 de Abril de 1974.
Regressado a Portugal após a Revolução dos Cravos, Firmino Martins participou nas lutas sindicais de então, nomeadamente na ocupação da sede do Sindicato e destituição da direcção fascista e depois do processo de reestruturação dos sete sindicatos nacionais. Ainda em 1974, fez parte da delegação portuguesa à Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No final dos anos 80 regressou a Albufeira, tendo sido membro da Comissão Concelhia de Albufeira do PCP entre 1996 e 2006.
A URAP envia aos familiares e amigos de Firmino Martins as suas mais sentidas condolências.