A propósito da anunciada manifestação anti-imigração, marcada para dia 3 de fevereiro, para o Martim Moniz, em Lisboa, a promover por elementos de extrema-direita e grupos neonazis, a URAP condena tal intenção contrária ao espirito de tolerância, de relacionamento pacífico entre comunidades imigrantes no nosso país e contrária à história das vivências e princípios humanistas que devem caracterizar as relações entre comunidades, povos e os países de todo o mundo.
A URAP condena procedimentos anti-imigrantes e ações racistas, xenófobas e fascistas, e, nesse sentido, acompanha as preocupações reflectidas nos pareceres até agora emitidos pelas autoridades desaconselhando a sua realização.
Tal manifestação a ter lugar, desafiaria frontalmente valores e princípios democráticos e frontalmente se chocaria com direitos que a Constituição da República inscreve e garante a todos os que vivem e trabalham no nosso pais, para os quais se impõe e exige o respeito como o que exigimos e defendemos para as comunidades portugueses espalhadas pelos quatro cantos do mundo.
A realidade confirma que o 25 de abril venceu o fascismo, mas não derrotou a reação e os fascistas. Eles continuam, reaparecem com suas práticas raciais e violentas, os seus discursos de ódio.
A URAP apela para que façamos das celebrações dos 50 anos do 25, bem como das próximas eleições um combate firme antifascista, antirracista, antimilitarista combatendo a raiz destes grupos, o que os alimenta e promove.
O Conselho Directivo da URAP
29 de Janeiro de 2024