URAP recebida pela CML

sede-pide-25041974-aA União dos Resistentes Antifascistas Portugueses - URAP - solicitou uma audiência à Câmara Municipal de Lisboa tendo o Vereador Ruben de Carvalho recebido uma delegação constituída por Marília Villaverde Cabral, Encarnação Raminho e João Corregedor da Fonseca.

No decurso da reunião foi exposto àquele autarca o tipo de actividades que a URAP, ao longo dos anos, vem desenvolvendo no sentido de concorrer para o esclarecimento público, junto das gerações mais novas, sobre o que representou para o nosso País a ditadura fascista de Salazar e Caetano sustentada por um feroz aparelho repressivo.

A União dos Resistentes Antifascistas Portugueses - URAP - solicitou uma audiência à Câmara Municipal de Lisboa tendo o Vereador Ruben de Carvalho recebido uma delegação constituída por Marília Villaverde Cabral, Encarnação Raminho e João Corregedor da Fonseca.

No decurso da reunião foi exposto àquele autarca o tipo de actividades que a URAP, ao longo dos anos, vem desenvolvendo no sentido de concorrer para o esclarecimento público, junto das gerações mais novas, sobre o que representou para o nosso País a ditadura fascista de Salazar e Caetano sustentada por um feroz aparelho repressivo.

Também foi referido que, entre as actividades promovidas, como exposições, conferências, deslocações a estabelecimentos de ensino, debates com professores e estudantes, visitas guiadas a instalações prisionais, onde tantos portugueses sofreram a violência da polícia política, se destaca a elaboração pela URAP de um documento de protesto, logo que foi tornado público o destino a que iria ser dado ao edifício da sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa. Esse documento, subscrito por 4.500 (quatro mil e quinhentos) cidadãos revoltados por naquele local se ir construir um condomínio de luxo, foi oportunamente entregue ao então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio.

A URAP - criada na sequência do patriótico trabalho desenvolvido pela Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos -  entende, desde sempre, que se torna necessário não deixar destruir, sem qualquer referência adequada, os locais onde a repressão da ditadura fascista mais se fez sentir nomeadamente a sede da PIDE, as prisões de Caxias, do Aljube, em Lisboa - a propósito, a URAP promoveu ali, há mais de trinta anos,  o descerramento de uma lápide - na cadeia da Rua do Heroísmo, no Porto, no Forte de Peniche, na  Fortaleza de Angra do Heroísmo, no Campo de S. Nicolau, em Angola, e principalmente, no Campo de Concentração do Tarrafal.

A URAP agradeceu à Câmara Municipal de Lisboa o apoio que esta autarquia lhe concedeu para que os setenta anos da abertura daquele Campo de Concentração fossem condignamente assinalados junto ao Mausoléu dos Tarrafalistas, no Cemitério do Alto de S. João.

A União dos Resistentes Antifascistas Portugueses agradeceu, também, o facto do Município se ter feito representar naquela emotiva cerimónia que teve, ainda, a participação de dois tarrafalistas, pelo Vereador Ruben de Carvalho, pelo Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e por funcionários do Protocolo que transportaram uma coroa de flores. O enquadramento político e histórico do período em que se manteve em funções o "Campo da Morte Lenta", onde foram assassinados trinta e dois prisioneiros, foi apresentado pelo Prof. Doutor António Borges Coelho.

A delegação expressou a sua satisfação por a Câmara de Lisboa, através daquele Vereador, estar a preparar iniciativas adequadas que vão ao encontro dos objectivos tantas vezes defendidos pela URAP e manifestou ao Vereador Ruben de Carvalho a sua total disponibilidade para, na medida das suas possibilidades, colaborar, nesta área, com o Município de Lisboa.

Lisboa, 21 de Novembro, 2006.

A Direcção da URAP

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