Os núcleos de Lisboa e de Mem-Martins da URAP visitaram a antiga cadeia do Aljube, hoje Museu do Aljube Resistência e Liberdade, nos dias 21 de Maio e 29 de Junho, respectivamente, guiados por Adelino Pereira da Silva, ex-preso político e membro do Conselho Nacional.
Os grupos percorreram os cinco pisos do museu nos quais estão instalados a Exposição Permanente - piso 0, memorial de homenagem aos presos políticos e a história do edifício; piso 1, caracterização do regime ditatorial português (1926-1974), os seus meios de repressão e opressão (a censura, as polícias e os tribunais políticos); piso 2, resistência das oposições (semi-legais e clandestinas), a prisão, a tortura, os curros de isolamento; piso 3, luta anticolonial e os movimentos independentistas de libertação, o derrube da ditadura e o 25 de Abril de 1974 -, e as exposições temporárias.
As duas exposições temporárias patentes, uma é dedicada às Mulheres e Resistência – Novas Cartas Portuguesas e outras lutas (em referência ao livro escrito pelas três Marias (Maria Velho da Costa, Teresa Horta e Isabel Barreno), que pretende dar a conhecer o contributo de muitas mulheres que, com origens e percursos diferentes, levaram a cabo batalhas pelos seus direitos, pela justiça social e pela liberdade, desde os anos 30 até ao 25 de Abril.
A outra exposição, “8998, Pomar”, no novo espaço para exposições temporárias, inaugurado em Abril passado no 4º piso, é consagrada a obras do pintor antifascista Júlio Pomar, numa parceria entre o Atelier-Museu Júlio Pomar e o Museu do Aljube Resistência e Liberdade.
“O Museu do Aljube Resistência e Liberdade é dedicado à memória do combate à ditadura e à resistência em prol da liberdade e da democracia.
É um museu municipal que pretende preencher uma lacuna no tecido museológico português, projectando a valorização dessa memória na construção de uma cidadania responsável e assumindo a luta contra a amnésia desculpabilizante e, quantas vezes, cúmplice da ditadura que enfrentámos entre 1926 e 1974”, lê-se no site de apresentação do museu.
A URAP sublinha a importância da visita por todos os democratas, individualmente ou em grupo, ao Museu do Aljube Resistência e Liberdade, em Lisboa.