A URAP foi convidada para uma palestra sobre a luta clandestina nos tempos da ditadura fascista, a Revolução de 25 de Abril de 1974 e os objectivos alcançados, dia 13 de Dezembro, na EPI – Escola Profissional de Imagem, Lisboa, a convite de duas professoras da escola.
A EPI é uma escola dedicada ao conhecimento e formação das Artes de Imagem nas suas múltiplas vertentes profissionais, nas diversas áreas da criatividade fotográfica, desenho, cinema, som, vídeo, teatro, entre outras.
Perante 120 alunos de seis turmas, entre os 15 e os 18 anos, e oito professores, presencialmente e em on-line, o ex-preso político Adelino Pereira da Silva, membro do Conselho Nacional da URAP, falou do tema baseando-se em 11 vertentes fundamentais: o fim das prisões políticas; a instauração das liberdades de expressão do pensamento, imprensa, associação, reunião e manifestação; a consagração de direitos essenciais dos trabalhadores; a instauração do Poder Local Democrático; o fim das guerras coloniais; o direito dos povos das colónias à autodeterminação e independência; a melhoria das condições de vida do povo; a democratização do Ensino; a consagração da igualdade entre homens e mulheres; a alteração de mentalidades; e um regime democrático constitucionalmente consagrado.
Durante duas horas, os participantes debateram, nomeadamente, a importância da Constituição da República Portuguesa saída da Revolução de Abril, e a necessidade do seu cumprimento hoje. Salientaram, igualmente, a importância do respeito pelos direitos humanos e pela cidadania nela consagrados para que os descontentamentos reais não sejam argumento dos oportunistas que vão proliferando nas águas do neoliberalismo capitalista e fascizante.