Isaura Borges Coelho (1926-2019), enfermeira antifascista e ex-presa política, foi homenageada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), dia 1 de Junho, numa sessão que tinha também como objectivo comemorar os 48 anos do 25 de Abril e apresentar o livro da URAP “Elas estiveram nas cadeias do fascismo”.
Intervieram na cerimónia, que decorreu no Auditório do SEP, José Pedro Soares, coordenador da URAP e ex-preso político, e Teresa Amélia Carvalho, do Grupo de Reformados do SEP e da direcção nacional dos Inter-Reformados da CGTP-IN, que evocaram a passagem dos 96 anos de Isaura Borges Coelho, figura incontornável da luta das enfermeiras.
Na sessão, que contou com a presença de dezenas de dirigentes e associados, o “Duo Geração” interpretou duas peças de Beriot e uma de Bach, assistiu-se à leitura de poemas ditos pela actriz Lucinda Loureiro, e foi lida a biografia da homenageada por Maria José Birrento, dirigente do sindicato, que presidiu à sessão.
O livro “Elas estiveram nas cadeias do fascismo”, que contém o nome de Isaura Borges Coelho inscrito entre as 1 745 ex-presas do fascismo, lembra e presta homenagem às muitas mulheres lutadoras e antifascistas, numa edição que refere as lutas travadas durante a ditadura pelas enfermeiras e pelos seus direitos, conta a exploração, os baixos salários, as descriminações e contra o celibato, que impedia as enfermeiras casadas de exercer a sua profissão.
A enfermeira São Rodrigues leu ainda uma página do livro que relata as lutas das enfermeiras nos diversos hospitais, e a enfermeira Zoraima Prado um outro texto da autoria da escritora Maria Velho da Costa incluído nesta edição.


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