A URAP lamenta a morte, dia 16 de Maio, vítima de Covid-19, do capitão de Abril Diniz de Almeida, nascido em Lisboa a 7 de Julho de 1944. O seu corpo estará na Basílica da Estrela, na tarde da próxima terça-feira, dia 18, realizando-se o funeral na manhã do dia seguinte para o cemitério do Alto de S. João.
Coronel na reforma e psicólogo Eduardo Diniz Leitão dos Santos Almeida integrou o Movimento das Forças Armadas desde a sua origem, e de 24 para 25 de Abril de 1974 encontrava-se no Regimento de Artilharia de Penafiel, onde dá ordem de prisão ao comandante.
Diniz de Almeida participou na reunião do Movimento dos Capitães, a 9 de Setembro, nas Alcáçovas, que viria a ser fundamental para o 25 de Abril de 1974, e comandaria uma força do Regimento de Artilharia Pesada n.º 3 da Figueira da Foz, que integrou o Agrupamento Norte, juntamente com uma força da outra Unidade da Figueira da Foz, o Centro de Instrução de Condutores Auto n.º 2, e também com uma força do Regimento de Infantaria n.º 14 de Viseu e outra do Regimento de Infantaria n.º10 de Aveiro, que tomaram e controlaram o Forte de Peniche.
Em seguida, a sua coluna rumou a Lisboa, ocupou o quartel da Legião Portuguesa, na Penha de França, e instalou-se no Regimento de Artilharia Ligeira (RALIS).
A 11 de Março, no golpe das forças afectas ao General António de Spínola, Diniz de Almeida defendeu o RALIS e os militares do MFA, durante o ataque dos aviões e o cerco por tropas pára-quedistas da Base Aérea de Tancos.
Diniz de Almeida manteve toda a sua vida uma postura militante, participando em acções em prol da democracia, sempre fiel aos ideais da revolução dos Cravos.
A URAP apresenta condolências à sua mulher e aos seus dois filhos, e a todos os seus companheiros de Abril.