A URAP, como organização antifascista e defensora dos direitos humanos, condena veementemente os actos racistas perpetrados recentemente, nomeadamente as ameaças de ódio contra um grupo de dez pessoas, que inclui três deputadas e dirigentes de uma associação anti-racista, considerando-os uma ameaça à democracia.
Esta ameaça segue-se a muitas outras manifestações de racismo, entre as quais a concentração de pessoas de cara tapada e tochas, ao estilo "parada Ku Klux Klan", feita no sábado passado à porta da sede da organização anti-racista SOS Racismo.
Estes actos criminosos que ferem a Constituição da República, já criticados pelos órgãos de soberania e os partidos de esquerda, exigem uma intervenção das autoridades, a investigação célebre do Ministério Público e o repúdio de todos os democratas e antifascistas.
A URAP, que dedicou o editorial do seu penúltimo boletim à problemática do racismo em Portugal e no mundo, considerando que "o racismo não é opinião, é um crime, um atentado à democracia e à liberdade", alerta, uma vez mais, para o ascenso das forças reaccionárias e populistas e apela a todos os democratas para que travem um combate firme contra a sua propagação.