O ensaísta, filósofo, crítico literário, professor e conselheiro de Estado Eduardo Lourenço morreu terça-feira, 1 de Dezembro, em Lisboa aos 97 anos. Nasceu a 23 de maio de 1923 em S. Pedro do Rio Seco, na Beira Alta.
Um dos mais proeminentes pensadores do século XX, em Portugal, interventor cívico e várias vezes galardoado e distinguido, deixou uma vastíssima obra sobre a cultura portuguesa, nomeadamente sobre Fernando Pessoa, e a identidade nacional.
Eduardo Lourenço foi detido pela polícia na fronteira portuguesa em 1966 por ter subscrito, quatro anos antes, um abaixo-assinado endereçado ao Presidente da República de então no qual se condenava o assassinato do militante comunista José Dias Coelho e se pedia amnistia para os presos políticos. Desde 1962 que tinha uma ordem de captura.
Democrata e antifascista, Eduardo Lourenço participou, em 2015, na inauguração do Museu do Aljube Resistência e Liberdade.