Companheiras e companheiros da causa da Paz


Venho falar-vos em nome da União de Resistentes Antifascistas Portugueses, uma associação que tem como objecto a história e a memória da luta e resistência dos portugueses contra a opressão, pela liberdade e a democracia, contra o esquecimento e o branqueamento do fascismo e seus crimes, as ideias e práticas antidemocráticas contrárias à Constituição da República Portuguesa, aos direitos inscritos na Declaração dos Direitos Humanos e às conquistas e valores da Revolução de Abril.

Uma revolução que pôs cobro à guerra colonial, uma guerra que o regime fascista levou a cabo contra os movimentos de libertação (na altura apodados de terroristas) que, a partir de 1961, em Angola, Guiné, Cabo Verde, Moçambique e Timor lutaram, de armas na mão, pela sua independência. Uma guerra que mobilizou um milhão de soldados (apenas 3% pertencentes aos quadros militares), ceifou a vida de mais de 8.000 jovens portugueses e quantos outros milhares de africanos, para além dos 30 mil que ficaram estropiados física e psicológicamente. Uma guerra que durou 13 longos anos, foi um sorvedouro dos recursos económicos do país e causou ao nosso povo muita dor, muita emigração, muita revolta, acabando por ser também a chispa que levou ao levantamento militar de 25 de Abril.

Permitam recordar que passam hoje 50 anos que se realizaram as últimas eleições burla do governo de Marcelo Caetano à dita Assembleia Nacional, onde pontuou o partido único, a Acção Nacional Popular. A Oposição recusou ir às urnas dadas as condições antidemocráticas em que decorrera toda a campanha eleitoral. Uma palavra, um tema, proibido, que nos comícios da Oposição conduzia directamente ao encerramento da iniciativa e a mais que provável carga policial era “Paz nas colónias!”, “Fim da guerra colonial”!

Infelizmente, a subversão da defesa da PAZ não ficou por aí. Não levou só à prisão e julgamento de democratas como Óscar Lopes, apenas nesses tempos de trevas. Continuamos a assistir neste século XXI a que a defesa da Paz incomoda, é censurada e em vários países é causa de repressão.
A nossa Constituição da República é absolutamente clara e objectiva. Se o Governo e o Presidente da República se determinassem a cumpri-la só teriam que ser no País e em todos os areópagos estrangeiros em que institucionalmente participam, os defensores do seu Artº 7 (Relações Internacionais) que diz expressamente nos seus dois primeiros pontos:

1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos humanos, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros estados e da cooperação com todos os povos para a emancipação e o progresso da humanidade.
2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz a justiça nas relações internacionais.

Que dizer então da posição do governo, do PS, que, por exemplo, se recusa a assinar o Tratado de Proibição das Armas Nucleares e que, em todos os recentes conflitos tem alinhado sistematicamente pelo lado do militarismo norte americano, versus NATO que ainda domina o nosso mundo e aceita aumentar em 2% o orçamento para esse bloco militar, quando sobram no país problemas tão prementes como a pobreza?!
Sabemos quanto o poder económico da indústria armamentista, o comércio das armas domina hoje a política global. A despesa militar mundial, que vem aumentando pelo 8º ano sucessivo atingiu, em 2022, 2,2% do PIB mundial.

O desarmamento geral, simultâneo e controlado, a eliminação das armas nucleares e de destruição massiva continua a ser uma consigna absolutamente fundamental de todos os amantes da Paz!

Amigos!
O que se está a passar no Médio Oriente, em Gaza, na martirizada Palestina, é da maior desumanidade! Têm de parar os bombardeamentos que já mataram mais de 1000 crianças! Têm de ser respeitados os direitos da população civil à água, à energia, à alimentação, aos cuidados médicos, exigíveis em qualquer guerra pelos tratados internacionais!

A URAP manifesta a sua solidariedade para com as vítimas inocentes da Palestina e de Israel e reclama à comunidade internacional para obrigar o governo da extrema-direita de Israel a parar com o genocídio e a cumprir as resoluções das Nações Unidas que exigem a criação do Estado da Palestina com as fronteiras de 1967 e a capital em Jerusalém Oriental, o fim dos colonatos israelitas e o retorno dos refugiados.

Paz no Médio Oriente, Palestina Independente, antes que seja tarde, antes que o conflito alastre ainda mais naquela região, será, certamente, o clamor que se vai ouvir neste encontro que reúne muitos dos amantes da Paz que, verdadeiramente, se preocupam com o progresso e o futuro da Humanidade.

A URAP está de corpo inteiro em todas as acções que traduzem a solidariedade com os povos oprimidos como tem sido ao longo dos anos o caso da Palestina. Como tem sido nestes dois últimos anos a exigência da abertura de negociações para terminar um conflito devastador na Ucrânia, pela urgência da Paz em vez do contínuo instigar da guerra.

Viva o Encontro pela Paz!
PAZ SIM, GUERRA NÃO!

Intervenção da URAP
28 Outubro 2023 - Vila Nova de Gaia

1º Secção – Paz e Desarmamento

 

Print Friendly, PDF & Email

Viver, lutar e celebrar os 50 anos do 25 de Abril

Pelo país e pelo mundo já se evoca e comemora o 50.º aniversário da Revolução de Abril, o acontecimento mais libertador, progressista e democrático que o povo português conheceu.

A Revolução Portuguesa iniciada a 25 de Abril de 1974 pelo levantamento dos militares do MFA -Movimento das Forças Armadas e logo seguido de enorme apoio popular, foi o resultado e continuação dos 48 anos de corajosa resistência e luta contra o regime fascista, pela Democracia, Liberdade e Justiça Social.

Com o 25 de Abril foi derrubado o regime fascista, conquistada a liberdade e muitos direitos sociais e políticos até então negados e reprimidos. De imediato se entrou num processo inigualável de participação popular, de progresso social e de profunda transformação política, social e económica.

São muitas e fortes as razões para se evocar e celebrar os 50 anos do 25 de Abril. Fortes as razões para continuar a luta para defender as conquistas atacadas por mais de quatro décadas de política de direita. Fortes as razões para exigir melhores salários e pensões, o direito à habitação e continuar a luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública e da Segurança Social.

Para os democratas e antifascistas, comemorar os 50 anos do 25 de Abril é também combater a reescrita da história e o branqueamento do período fascista a que regularmente se assiste nos mais diversos meios de produção e difusão - comunicação social, escolas, universidades -, visando criar um ambiente propício não só à retirada de direitos sociais, económicos e políticos, mas também ao alastramento de ideias e projetos reacionários nas suas diferentes formas de expressão e apresentação.

A URAP apela aos seus associados, ao movimento associativo, às forças democráticas, a todos e a cada um, para que encontrem na sua terra, no seu local de trabalho, na sua associação ou entre amigos a melhor forma de participar e organizar as celebrações populares dos 50 anos do 25 de Abril.

Apela aos democratas e antifascistas para que dinamizem, promovam e participem nas comemorações populares dos 50 anos do 25 de Abril, a Revolução que nos restituiu liberdade e dignidade, pôs fim à guerra colonial e ao colonialismo, reafirmando a amizade e a solidariedade com os povos libertados, e que nos trouxe a democracia, os direitos sociais e políticos, a melhoria das condições de vida e de trabalho e a nova Constituição. Apela para que todos se juntem e participem:

1. Nas inúmeras atividades que os Núcleos da URAP preparam e estão a promover, nas iniciativas das comissões municipais para as quais a URAP tem sido convidada ou que tem ajudado a criar. Que se utilize o trabalho de pesquisa que vimos realizando na Torre do Tombo e outros arquivos no levantamento dos presos da PIDE, por concelho, cadeia e profissão, para os dar a conhecer nas suas terras, entre os trabalhadores das suas profissões (operários, enfermeiros, médicos, advogados, etc.), nas Escolas e nos Municípios, realizando eventos condignos que honrem a sua memória e recordem as lutas em que participaram.

2. Nas sessões de apresentação pública dos livros, nas bancas e feiras do livro, da coleção “Páginas de Memória”, nomeadamente: “O MJT – Movimento da Juventude Trabalhadora”; “Forte de Peniche, memória, resistência e luta”; “Elas estiveram nas prisões do fascismo”; “As prisões e os presos políticos em Angra do Heroísmo”; “A caminho do 25 de Abril, 50 anos do 3.º Congresso da Oposição Democrática” que inclui o grande ato público de evocação realizado na cidade de Aveiro no passado dia 1 de Abril.

3. Na difusão do novo livro “Cadeia de Caxias, a repressão fascista e a luta pela liberdade”, no qual a par de testemunhos da resistência e da luta antifascista, se dá a conhecer pela primeira vez, um a um, o nome, profissão e naturalidade de 10 049 presos que passaram pela Cadeia de Caxias entre 1936 e 1974, mulheres e homens que a PIDE e o fascismo, brutalmente reprimiu, prendeu e torturou.

4. Nas atividades desenvolvidas com as escolas e universidades, professores e alunos, um vasto plano de sessões, encontros, exposições, concursos, desfiles, iniciativas culturais e desportivas a realizar neste ano escolar de 2023/2024. Muitos desses encontros e sessões irão contar com a presença de associados nossos, entre os quais ex-presos políticos e outros resistentes antifascistas.

5. Nas comemorações populares, desfiles e manifestações no dia 25 de Abril, nas realizações populares, concertos e festejos, que em muitos concelhos se iniciam na noite de 24 para 25 de Abril, nas festas de jovens, nas corridas, nos desfiles de bandas, nas sessões públicas do poder local, no oferecer e passar de mão em mão os Cravos Vermelhos, o símbolo mais popular da Revolução Portuguesa.

6. Na realização, a 26 de abril de 2024, de uma conferência, em Lisboa, com o lema “50 anos do 25 de Abril, democracia e liberdade, fascismo nunca mais”, para a qual serão convidadas personalidades da vida democrática, instituições e membros de associações congéneres de outros países identificadas com os valores da democracia, da liberdade e do progresso.

7. Na inauguração do Museu Nacional Resistência e Liberdade na Fortaleza de Peniche a 27 de abril de 2024. Uma grande conquista e vitória do Portugal de Abril, dinamizada pela URAP, que impulsionou o movimento de ex-presos, familiares, amigos e outros democratas, conseguindo reverter as intenções do governo da entrega daquele histórico local a privados para fins hoteleiros.

8. Na exigência da criação do Museu da Resistência Antifascista no Porto, nas antigas instalações da PIDE, onde funcionou uma das maiores e mais sinistras cadeias do fascismo e onde nos últimos anos o Núcleo da URAP tem realizado a recuperação de espaços, promovendo visitas guiadas e desenvolvido o Projeto “do Heroísmo à Firmeza”, mas que agora requer novas decisões para a criação do Museu. Trata-se de uma exigência democrática já por duas vezes recomendada pela própria Assembleia da República, mas sem resposta do governo.

9. Pela instalação de um “Espaço de Memória” na Fortaleza de Angra do Heroísmo, local onde estiveram centenas de deportados logo a partir do golpe militar de 1926 e onde, de 1933 a 1943, funcionou uma das mais sinistras cadeias do fascismo. Aí viveram encarcerados em duras condições 645 antifascistas transferidos em “levas” sucessivas.

10. Nos combates de todos os dias, apoiando e participando nas lutas por melhores condições de vida, por dignas condições de habitação, saúde e educação, contra as enganosas decisões políticas - muitas vezes apresentadas como de esquerda, mas no fundamental neoliberais, iguais ou apoiadas pelas forças e partidos de direita - que agravam as condições de vida do povo, em flagrante contraste com os escandalosos lucros dos antigos e novos grupos económicos, tentando assim retroceder no caminho de mais justiça social, aberto pelo 25 de Abril.

Comemorar os 50 anos do 25 de Abril significa também continuar o combate às políticas e os projetos reacionários e conservadores da direita e extrema direita que diariamente contrariam e afrontam o rumo democrático e progressista do país.

Celebremos o 25 de Abril, o Dia da Liberdade e o início do processo transformador que se lhe seguiu. Festejemos este relevante marco histórico que, em resultado da prolongada luta da resistência e da iniciativa militar e popular de 25 de Abril de 1974, enfrentou e derrotou a opressão fascista, as guerras coloniais e o colonialismo, melhorando as nossas vidas, o país e o mundo.

Lisboa, 23 de setembro de 2023

O Conselho nacional da URAP

Print Friendly, PDF & Email

O Conselho Diretivo da URAP apresenta aos sócios da URAP o Balanço da sua atividade no período que medeia entre a Assembleia Geral realizada em 30 de Abril de 2022, nesta mesma Casa do Alentejo, e a que hoje aqui mesmo realizamos, em 27 de Maio de 2023.

Confirmou-se o que então afirmámos relativamente aos graves perigos que, a nível nacional e internacional, representava a complexa evolução da situação política, social, económica e cultural, num contexto de guerra e de crise energética e alimentar, com o enorme agravamento das condições de vida dos portugueses e de milhões de outros seres humanos em todo o planeta.

Resistimos e lutamos, de norte a sul, de forma enérgica e consequente na denúncia das forças de cariz fascista e fascizante que crescem na sociedade portuguesa e de todos os que procuram reescrever a História e branquear os crimes do fascismo.

O Boletim da URAP, cuja leitura vivamente recomendamos, reflete bem o nosso contínuo crescimento, em números e em prestígio.

1 – Iniciativas realizadas

Em 19 de fevereiro de 2022 e em 25 de fevereiro de 2023, voltámos a homenagear os antifascistas mortos no Campo de Concentração do Tarrafal, junto ao memorial erguido no cemitério do Alto de São João.

Prestámos homenagem aos democratas e antifascistas falecidos ao longo de 2022 e já em 2023, nomeadamente a Américo Leal, Maria Lourença Cabecinha, António Regala, Jaime Serra, Mário de Oliveira, Afonso de Albuquerque, Anabela Carlos, Alice Sena Lopes, Fernando Miguel Bernardes, Vítor Zacarias e de Luís Moita.

Celebrámos no auditório da Torre do Tombo os 100 Anos da Seara Nova; apoiámos e participámos na Manifestação Nacional de Mulheres, promovida pelo MDM, no Porto e em Lisboa; evocámos em Caxias a célebre fuga da prisão em 4.janeiro.1961; participámos em Cambedo da Raia, Chaves, na homenagem aos portugueses mortos pelos franquistas em 1946;
Assinalámos em Caxias e em Peniche, a data da libertação dos presos políticos do fascismo; participámos na Marinha Grande, na evocação da revolta dos vidreiros e da população em 18 de janeiro de 1934; participámos em todas as ações promovidas pelo CPPC e outras organizações “Parar a guerra. Dar uma oportunidade à paz!”;
No Porto evocámos os 50 anos da grande manifestação contra a carestia de vida; realizaram-se várias visitas ao Museu do Aljube e ao Museu do Neo-realismo;
Realizámos na Assembleia Municipal de Aveiro uma homenagem a António Regala, grande figura antifascista de Aveiro; comemorámos o 46º aniversário da Constituição da República Portuguesa, com sessões públicas realizadas em Lisboa, Almada e Porto; assinalámos o 77º aniversário da Vitória sobre o nazi-fascismo, agora num contexto de guerra no leste europeu.
Para memória futura foram gravadas 43 entrevistas com ex-presos políticos, as quais estão disponíveis on-line; realizaram-se almoços/convívio promovidos por núcleos; participámos ativamente na evocação dos 100 anos da greve dos mineiros de Aljustrel; um grupo de associados da URAP organizou em Setúbal um jantar com a participação de antigos membros do MJT; o núcleo de Peniche organizou o Roteiro da Revolta Popular de Peniche, em 1935.
O 86º aniversário da Revolta dos Marinheiros de 8 de setembro de 1936, foi celebrado no Feijó, concelho de Almada, com a presença de dirigentes da URAP; na Casa do Alentejo, comemorámos os 80 Anos de Adriano Correia de Oliveira, com um grande almoço e uma componente cultural; evocámos o assassinato de Amílcar Cabral em 20.janeiro.1973; prestámos homenagem às vítimas do terror nazi, no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, celebrado em 27 de janeiro.

Participámos ativamente nas comemorações do 25 de Abril, nomeadamente nas grandiosas manifestações em Lisboa e em várias cidades do país, bem como concentrações populares e exposições evocativas da memória e luta. A URAP organizou o desfile popular do 25 de Abril em Vila Franca de Xira. Participámos em força nas comemorações do 1º de Maio por todo o país.

Celebrámos o 46º aniversário da URAP no dia 30 de abril de 2022, na Casa do Alentejo, no mesmo dia em que realizámos a Assembleia Geral da URAP, e celebrámos o 47º aniversário no dia 13 de maio de 2023, igualmente na Casa do Alentejo, com um grande almoço e um espetáculo de música e poesia.

Noticiámos a homenagem da Voz do Operário a Marília Villaverde Cabral, em 12 de fevereiro de 2022, em que se tornou sócia honorária daquela prestigiada coletividade.
Maria José Ribeiro, do núcleo do Porto e fundadora da URAP, recebeu em 9 de Julho a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro, atribuída pela Câmara Municipal do Porto, “por se ter notabilizado pelos seus méritos pessoais ou feitos cívicos”. Igual medalha foi atribuída na mesma data, a título póstumo, ao resistente antifascista portuense Raúl de Castro;

Realizámos de 8 a 12 de maio de 2022, com a participação de 23 sócios da URAP, uma viagem de “Memória, resistência e luta”, e igualmente com uma vertente de lazer, às ilhas Terceira e São Miguel, para lançamento e apresentação na Câmara Municipal de Angra do Heroísmo do livro “Os presos e as prisões em Angra do Heroísmo”, que tem vindo a ser apresentado em numerosas sessões.
Prosseguimos, de norte a sul, as sessões promovidas pelos núcleos da URAP, de apresentação dos livros por nós editados, reunindo muitas centenas de participantes, com particular relevo para o livro “Elas estiveram nas prisões do fascismo”, já na sua 4ª edição.

Um pouco por todo o país, realizámos cerca de 300 sessões nas escolas com os jovens estudantes para divulgar o que foi o fascismo e a construção do Portugal democrático após o 25 de Abril e com eles partilhar os desafios do futuro. Foram envolvidos cerca de 12.000 alunos e mais de 550 professores, num processo muito gratificante que importa continuar e ampliar.

Com o objetivo de potenciar as nossas ações e de angariar apoios para as iniciativas da URAP, celebrámos protocolos com autarquias, nomeadamente com a Junta de Freguesia de Piinhal Novo, a União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, Câmara Municipal da Covilhã e Câmara Municipal do Seixal.

Em 2 de Agosto reunimos com o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, para discussão de vários projetos por concretizar e dar continuidade à colaboração e parceria com os anteriores titulares daquela pasta e da DGCultura, nomeadamente quanto à participação da URAP nas comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril.

No plano internacional e no quadro da Federação Internacional de Resistentes (FIR) de que a URAP é membro, uma delegação da URAP participou nos dias 24 e 25 de outubro, em Belgrado, na conferência dedicada ao tema “Antifascismo hoje e o perigo das políticas de direita na Europa”. Convidamos a FIR a estar presente nas comemorações do 50º aniversário da Revolução dos Cravos.

Entre os dias 5 e 9 de dezembro de 2022, uma delegação da URAP, composta por 52 sócios e amigos, visitou o Parlamento Europeu, em Bruxelas, a convite dos deputados do Partido Comunista Português.

No passado dia 1 de Abril realizámos em Aveiro uma grande iniciativa de massas, que contou com a participação de vários milhares de democratas e antifascistas, para comemorar os 50 anos do 3º Congresso da Oposição Democrática, realizado entre 4 e 8 de Abril de 1973, em Aveiro, e que deu um enorme contributo para o derrube do fascismo um ano depois.

2 – Questões de direcção, organização e informação

O Conselho Diretivo reuniu regularmente, por vezes com a participação de responsáveis de núcleos, para aprofundamento de análises e decisões sobre iniciativas;

Para garantir o funcionamento diário da atividade da URAP, tem reunido na sede, quase semanalmente, um núcleo mais reduzido de membros do Conselho Diretivo;

Em 1 de outubro reuniu o Conselho Nacional da URAP, que se pronunciou sobre as prioridades do trabalho para 2023, entre as quais a realização da Assembleia Geral da URAP, eletiva, que hoje estamos a realizar.

De um modo geral, os núcleos existentes reúnem regularmente, contrariamente a alguns que reúnem com muita irregularidade;

Desde a anterior Assembleia Geral até ao presente foram criados 8 novos núcleos (Coimbra, Figueira da Foz, Alenquer, Mafra, Vendas Novas, Montijo, Alcochete e Sesimbra). Atualmente existem 37 núcleos;

No mesmo período inscreveram-se 210 novos sócios.

A avançada idade dos membros dos núcleos continua a ser uma caraterística dominante, sendo necessário o seu rejuvenescimento;

Registaram-se significativas melhorias na nossa gestão administrativa, com mais eficaz resposta às solicitações recebidas. A instalação de um novo programa informático está já a permitir dar melhores respostas às necessidades.

O Boletim da URAP é trimestral e regularmente publicado.

A página da URAP e o Facebook têm desempenhado um importante papel na divulgação das atividades da Associação.

3 – Questões financeiras

O Orçamento para 2022/2023 está a ser cumprido.

As receitas aumentaram, tal como as despesas, face ao aumento da atividade.

A receita anual de quotização situa-se nos 20.000 euros.

Aumentou significativamente o volume de vendas das publicações da URAP.

As despesas, no essencial, resultam de subsídios, rendas, Boletim, documentos de divulgação, transportes e correios.

Em 2022 lançámos a Campanha de fundos “Uma Sede para URAP”, com o objetivo de angariar 250.000 Euros, apelando à participação de todos os sócios, mas que se encontra ainda longe do objetivo.

 

 

O Conselho Diretivo da URAP

Lisboa, 27 de Maio de 2023

Print Friendly, PDF & Email

Segue-nos no...

logo facebook

Campanha de fundos

URAP campanha quadradoContribui!
Sabe como.

Boletim

foto boletim

Faz-te sócio

ficha inscricao 2021Inscreve-te e actualiza a tua quota
Sabe como

Quem somos|Estatutos

logotipo urap

A URAP foi fundada a 30 de Abril de 1976, reunindo nas suas fileiras um largo núcleo de antifascistas com intervenção destacada durante a ditadura fascista. Mas a sua luta antifascista vem de mais longe.
Ler mais...

Últimos Artigos

União de Resistentes Antifascistas Portugueses - Av. João Paulo II, lote 540 – 2D Loja 2, Bairro do Condado, Marvila,1950-157, Lisboa