Guerra e fascismo:  duas caras da mesma moeda

A história do Século XX ligou tragicamente a mais horrorosa guerra vivida pela humanidade com a  ideologia fascista e as formas de exercício do poder que nesse século quis dominar a Europa e o mundo.

A economia de guerra, a política de rearmamento, o enquadramento militar da juventude e da população, a exaltação ideológica do militarismo, foram traços congénitos de todas as versões do fascismo, anunciando as catástrofes que a sua implantação iria desencadear.

Valerá a pena ter em conta as bases em que assentou essa dicotomia.

Hitler não teria chegado ao poder (por via eleitoral, é bom recordar) sem o apoio e a cumplicidade do grande capital financeiro e industrial alemão, que no seu programa de militarização, expansão territorial e domínio mundial, via uma ocasião para aumentar proventos e sair da crise em que estava mergulhado após a derrota de 1918. Mas esses mesmos círculos viram também no programa nazi uma forma de reforçar o seu domínio político, com o programa nazi  de estruturas ditatoriais de poder e de liquidação das liberdades democráticas.

É bom lembrar que o ascenso do fascismo na Europa, após a Primeira Guerra Mundial, se fez no quadro de grandes crises sociais e políticas.

O fascismo foi benevolentemente acompanhado e apoiado, mesmo antes do ascenso de Hitler ao poder, por círculos dirigentes económicos e políticos que nele viam um instrumento útil para a contenção, repressão  e esmagamento das fortes movimentações sociais que se desenvolviam nos seus países perante as crises que se `registaram no seguimento da Iª Guerra Mundial.

Na Segunda Guerra Mundial não esteve apenas em questão a luta por uma nova repartição do mundo entre as grandes potências.

A guerra foi o culminar de uma gigantesca confrontação em que estavam em jogo questões vitais para toda a humanidade, com decisivas implicações sociais, económicas, ideológicas e políticas. Conceitos e expressões como «Nova Ordem» e «Império de Mil Anos», a divisão da humanidade em «raças superiores», de senhores, e «raças inferiores», destinadas a serem escravizadas; a justificação e glorificação da violência como forma de resolver os problemas sociais (o «poder forte»), indo mais tarde até aos métodos do extermínio em massa (a «solução final») - foram o caldo de cultura da ideologia nazi. Mas não podemos esquecer as suas bases sociais e económicas.

O conhecimento das matrizes e expressões do fascismo, nas suas diversas versões, constitui elemento indispensável não só de compreensão histórica do que se passou com o nazismo na Alemanha, com o fascismo em Itália, com o franquismo em Espanha, com o salazarismo em Portugal, mas também  para  compreender a importância e a necessidade de combater as suas raízes, as tentativas para o branquear, os perigos das diversas expressões que hoje tomam as suas concepções. Deturpar e falsificar essa página da história recente da humanidade enquadra-se numa grave ofensa de direitos humanos, em particular para os jovens, negando-lhes o direito de aprender sem manipulação ou distorção de factos, de conhecer os horrores e o significado do fascismo e o alcance da luta antifascista, no seu enquadramento histórico.

Muitas das esperanças e aspirações da geração que salvou a humanidade do nazi-fascismo não se realizaram. Mas também muitos dos avanços e conquistas após a derrota do nazi-fascimo transformaram-se em aquisições e experiências altamente valiosas da humanidade.

A História não se repete. Mas as experiências da História são indispensáveis para o progresso da sociedade humana na sua caminhada.

O fascismo não é um fenómeno histórico de uma determinada conjuntura. Tem raízes sociais e económicas que aparecem numa sociedade em crise, como resposta desesperada duma classe que pretende impor ou manter pela força o seu domínio, subordinando a sociedade aos seus interesses.

Foi assim que se preparou e desencadeou o assalto do nazi-fascismo ao poder.

No mundo de hoje encontramos traços igualmente inquietantes.

De novo nos encontramos  confrontado com o  pesadelo da guerra.

As grandes potências concertam-se e rivalizam na luta por esferas de influência. Mantêm-se e reforçam os seus blocos e forças militares, agora sob a tutela do complexo industrial-militar dos Estados Unidos. Fazem-se planos de militarização da União Europeia, invoca-se o «direito de ingerência» e promovem-se «intervenções humanitárias», ao estilo das «expedições de pacificação» do século XIX. Reaparecem teorias para uma «nova ordem mundial», martela-se o catecismo neo-liberal como única saída, como se houvesse um «pensamento único», dogmatiza-se o que é considerado «po­liticamente correcto», glorifica-se o «poder forte», anuncia-se «o fim da História», lançam-se campanhas de descrédito contra as conquistas democráticas, sociais e nacionais.

Os projectores da televisão, no lraque, no Afeganistão, no Golfo, Somália, Ruanda, Bósnia, Kossovo, mostram chocantes imagens de combates, de massacres, ruínas.

As esperanças de futuro andam minadas pelo pesadelo de graves crises sociais e económicas, pela instabilidade, a insegurança laboral, a polarização da pobreza e da riqueza. A crescente desigualdade planetária na distribuição dos recursos e rendimentos, a deslocação de milhões de pessoas a quem são negados direitos e meios de sobrevivência criam angustiantes factores de destabilização e conflitualidade, agravados por políticas de guerras e dominação.

A violência da exploração, a injustiça social, corroem a democracia, retira-lhe apoios sociais, porque a democracia política não é acompanhada por uma justiça social, dando-se prioridade à concentração de lucros e capitais, com as consequências sociais e medidas políticas a que isso conduz. Desacreditam-se instâncias políticas, conceitos ideológicos e valores sociais que estavam credibilizados com a vitória da democracia, deixando as pessoas numa massa mais maleável para a demagogia e a manipulação.

À sombra do combate ao terrorismo e do medo à violência, que acompanham os factores de desagregação social, desrespeitam-se direitos humanos, liquidam-se liberdades.

É um terreno onde o fascismo, a sua ideologia, a sua prática de violência, o seu desprezo pelos direitos humanos e pela democracia têm condições para manipular ressentimentos e explorar rancores, revoltas e descontentamentos.

 

Haverá quem diga que o fascismo já passou à História.

Não voltará certamente nas formas que assumiu no século passado. Mas só uma grave ou leviana incompreensão da História pode levar à convicção de que a derrota do nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial pôs em definitivo o mundo ao abrigo de regimes autoritários ou ditatoriais que restabeleçam os métodos e  as políticas que o fascismo quis impor ao mundo na sua versão do  Século XX.

Não pode deixar de nos alertar a insidiosa campanha em curso de branqueamento das ditaduras fascistas e  falseamento da memória da luta antifascista.

Já se propuseram fazer no nosso país, uma conferência internacional de grupos neofascistas para verem formas de «desenvolver o activismo na Europa». Pretendem criar um «museu Salazar» na terra natal do ditador fascista. Promovem Salazar como «o melhor português de sempre». Organizam romagens ao seu túmulo, apresentando-as como um protesto contra o que chamam «a longa noite democrática». Querem promover e impor à democracia portuguesa um partido racista e xenófobo comprado por um grupo neonazi numa operação de fraude política.

Noutros países da Europa assiste-se ao avanço de forças de direita e também ao crescimento de grupos neonazis.

Esses movimentos neonazis não nascem do vazio. Nem vivem do nada. São alvo de orquestração e objecto de financiamento de forças que tentam, por vários meios, doutriná-los ideologicamente e manobrá-los politicamente.

Consideramos pois que a denúncia do fascismo e a luta antifascista se mantêm como necessidade actual das aspirações humana de paz e liberdade.

Nas actuais condições a solidariedade internacionalista tem de alargar-se, na luta contra as propagandas da guerra, contra as várias formas de opressão, de exploração e de manipulação das consciências.

Apesar de tudo, há no mundo possibilidades reais de barrar caminho ao avanço das forças da guerra e do fascismo e prosseguir a luta por avanços da civilização.

 

Para Portugal, a derrota da ditadura fascista só chegou em 1974, com a Revolução de 25 de Abril que derrubou à   ditadura terrorista instaurada por Salazar segundo os modelos de Hitler e Mussolini,  e pôs fim às guerras coloniais que durante mais de 12 anos confirmaram a ligação genética do fascismo com a guerra. A luta pela paz e contra o fascismo, para nós, portugueses, insere-se assim também, com naturalidade, na linha do nosso empenhamento nos ideais, conquistas, realizações e valores que a Revolução de Abril nos trouxe.

Procuramos, no nosso país, mobilizar forças para a defesa e o aprofundamento da democracia, pela melhoria do nível e qualidade de vida dos trabalhadores e do povo, pela justiça social, por um Portugal de progresso e pela cooperação e a paz no mundo.

Confiamos na juventude, na força dos trabalhadores, nos povos, na pessoa humana, no crescimento da consciência de que a humanidade precisa de paz e de um desenvolvimento mais harmonioso, mais justo e mais humano, em todo o planeta.

29/10/07

 

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Caros amigos,  

Não podendo estar presente nesta comemoração da proclamação da República no vosso concelho não quero no entanto deixar de vos enviar a minha saudação por esse acontecimento que comprova as históricas tradições progressistas do povo de Almada.

A proclamação da República constituiu um dos acontecimentos de vanguarda da nossa História.

O regime monárquico tornara-se um dos obstáculos ao desenvolvimento dos direitos do povo português e de Portugal.

A luta pela República ganhara amplos apoios entre os trabalhadores e as massas populares, principalmente desde que a monarquia mostrara ser incapaz de defender a dignidade nacional ante o Ultimato inglês de 1889.

A revolução republicana de 1910, além do seu significado de luta por um regime mais democrático e mais capaz de responder às aspirações populares de direitos e justiça social, foi também uma afirmação de patriotismo, de que o hino nacional adoptado pela República, a Portuguesa, ficou como expressão.

Tomando a vanguarda na proclamação da República, quando os dirigentes republicanos ainda hesitavam em desencadear o movimento que ficou assinalado com a data de 5 de Outubro, o Povo de Almada provou estar na vanguarda do movimento popular.

Mas comemorando a vitória da República é também oportuno pensar em por quê ela foi derrubada 16 anos depois.

O regime republicano não correspondeu às esperanças populares nem cumpriu muitas das promessas que lhe possibilitou a vitória.

As esperanças postas na melhoria das condições dos trabalhadores e no reconhecimento dos seus direitos não se realizaram.

Corajosamente, as camadas populares e os trabalhadores começaram a tomar nas mãos a defesa dos seus direitos e interesses exigindo que a República assegurasse aos portugueses as condições de progresso e justiça social pelas quais tinham lutado na revolução republicana.

Situação que foi agravada pela grande crise social e política que a Europa viveu, após a 1ª Guerra Mundial.

Os grandes grupos financeiros dominantes da Europa queriam reconstituir e reforçar o seu poder, abalado com a guerra. As camadas populares, com os trabalhadores na primeira linha, procuravam o reconhecimento dos seus direitos, com um ânimo em grande parte estimulado pelo avanço desses direitos na Rússia, com a revolução soviética de 1917.  

O anticomunismo foi a bandeira que as forças políticas  mais reaccionárias ergueram  para fundamento da sua expressão mais agressiva que então  começava crescendo no mundo: o nazi-fascismo.

A crise social e política crescida à sombra das políticas antipopulares dos governos republicanos criou condições para que a maré reaccionária do fascismo chegasse a Portugal.

O golpe de Estado militar de1926 abriu as portas à ditadura fascista de Salazar, iniciando um período negro de repressão, obscurantismo, miséria e opressão, que se prolongou por quase meio século.

A revolução de Abril libertou-nos da ditadura fascista. Mas só  uma grave incompreensão da História nos poderia fazer crer que o 25 de Abril pôs em definitivo Portugal ao abrigo de qualquer regime autoritário ou ditatorial.

Não pode deixar de nos alertar a insidiosa campanha de branqueamento da ditadura fascista e o falseamento da memória histórica, com apagamento daqueles que mais lutaram para ser livre o terreno que hoje pisamos.

O fascismo é um fenómeno que cresce como cogumelos em terrenos apodrecidos por crises sociais e políticas como as que se vivem de novo.

Assistimos, em Portugal e no mundo, a numerosas iniciativas visando branquear o fascismo e as suas políticas criminosas de exploração, opressão, violência e guerra.

Já se propuseram fazer no nosso país uma conferência internacional de grupos neo-fascistas para verem formas de «desenvolver o activismo na Europa».

Pretendem criar em Santa Comba um «museu Salazar».

Promovem Salazar como «o melhor português de sempre» e organizaram uma romagem ao seu túmulo, apresentando-a como um protesto contra o que chamam «a longa noite democrática».

A denúncia do fascismo e a luta antifascista mantêm-se como necessidade actual das aspirações humanas de justiça e liberdade, que tiveram uma valorosa expressão nas lutas populares pela instauração da República.

Este é o sentimento que gostaria de vos transmitir nesta data tão representativa dos sentimentos democráticos do povo de Almada.

Viva a República!

Viva a Democracia!
Viva o povo de Almada!

4 de Outubro de 2007

Aurélio Santos

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 excerto

Praticamente, desde a sua formação que a URAP tem tido contactos com organizações antifascistas criadas formalmente após a vitória sobre o nazi-fascismo em 1945, nomeadamente com a Federação Internacional de Resistentes - FIR e participado em iniciativas várias, ao longo dos anos.

Já em Maio de 2006, conseguimos responder positivamente ao convite que nos foi feito pela FIR e pelo Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica, para intervirmos na Conferência Internacional que assinalou o 61º aniversario da derrota  do nazi-fascismo na Europa e que marcou igualmente os 55 anos da Federação Internacional de Resistentes - FIR. A Conferência teve lugar no Parlamento Europeu, em Bruxelas e contou com a presença de 30 delegações e 70 participantes.

Durante os trabalhos, presididos pelo secretário geral da FIR, Dr. Ulrich Scheider, os participantes tiveram oportunidade de trocar e actualizar informações, perspectivando acções futuras nos respectivos paises e em articulação com organizações antifascistas a nivel europeu. Falou-se dos perigos do neofascismo Hoje; no crescimento da extrema direita na Europa e no Parlamento Europeu; na vergonhosa moção apresentada por um deputado do P.Europeu que visava ilegalizar os Partidos Comunistas na Europa.

Já em Outubro de 2006, a URAP participou em Madrid, a convite da Associação dos Amigos dos Brigadistas, com uma delegação, nos 70 anos da constituição das Brigadas Internacionais.

Foi uma iniciativa inesquecível. Pela presença daqueles homens e mulheres que, muito jovens, deixaram os seus paises, as suas famílias para irem combater, ao lado dos seus companheiros, na defesa da legítima República de Espanha. Ouvimos intervenções daqueles homens e mulheres que hoje, com oitenta e noventa anos, falam desses tempos com um espírito de futuro e dando ideia que, se as forças o permitissem, de novo travariam a mesma luta, pela mesma Causa. Mas ouvimos também o reconhecimento eterno de Espanha que os não esqueceu: por autarcas, deputados, pela filha de Dolores Ibarruri que, emocionada, leu o mesmo discurso que sua mãe fez, na partida dos Brigadistas. E em todas as iniciativas, muita juventude: solidária, interessada, agradecida.

Consideramos, pois, amigos, que apesar das dificuldades, o desenvolvimento destes contactos internacionais, são de uma grande importância para a nossa luta.

Assim, esperamos receber, em breve, aqui, em Portugal, um companheiro de Espanha, Marcus Ana, impulsionador de um Projecto Lei sobre a Memória Histórica. E estaremos presentes com uma delegação de jovens dirigentes da URAP, num Encontro de Juventude que terá lugar  em Bruxelas, em Junho deste ano, promovido pelo Grupo Socialista no Parlamento Europeu e pela FIR.

Amigos, nos tempos que correm, dias carregados de nuvens, é bom sentir que não estamos sós. Que no Mundo há gente como nós que trava a batalha, que denuncia os atropelos às liberdades, que se solidariza com os oprimidos, o que demonstra que, apesar dos perigos, é possível um Mundo melhor.

Marília Villaverde Cabral

 

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1. A URAP expressa a sua preocupação pelas insistentes  actividades de grupos e forças que se afirmam de cariz fascista, com expressão  estranha ao regime democrático português, garantido pela Constituição da República.

2. A URAP considera que essa propaganda, com elogios ao III Reich e exibição da sua simbologia, da cruz suástica e da saudação nazi, se insere directamente no ideário que ficou designado na história política da Europa do último século como nazi-fascismo e que se concretizou nas mais cruéis atrocidades cometidas no nosso continente a partir do poder de Estado.

3. No entender da URAP não se trata apenas de saudosismo ideológico.

A URAP considera que os agrupamentos neo-nazis a ressurgir em Portugal têm aqui algo de sedimentar, depois de 48 anos de fascismo. Mas nunca poderiam implantar-se com força sem apoio externo. 

Ainda no passado dia 21 de Abril estava anunciada para Lisboa uma conferência com participação de várias organizações europeias que perfilham a mesma ideologia e anunciavam o desenvolvimento do,«seu activismo na Europa».

A escolha de Lisboa significa, certamente, que a consideram terreno propício para tal tipo de actividades.

4.    A operação que a polícia judiciária levou a cabo antes de 21 de Abril comprovou que os neo­nazis, alguns dos quais com antecedentes criminais de violência e agressões,  não coleccionavam só símbolos, mas também armas.

5. A reunião internacional de 21 de Abril era patrocinada por um partido formalmente legal, reconhecido pelo Tribunal Constitucional, o Partido Nacional Renovador, que desperta a dúvida pertinente de ser um partido verdadeiro e próprio ou uma fraude à lei.

Não tendo obtido as assinaturas suficientes para a sua  formação como partido político, fez um negócio político com um partido já legalmente constituído, o PRD (Partido Renovador Democrático), então crivado de dívidas, que aceitou que estas fossem pagas por alguns indivíduos que nele se inscreveram e que  ao cabo de algum tempo, mudaram  o programa, os estatutos e os órgãos directivos do PRD, criando o PNR.

A criação de um partido por cidadãos que não tendo a possibilidade de o fazer, por falta do número mínimo de assinaturas requeridas por lei, recorrem aos escombros de um partido já existente legalmente, aproveitando a sua  estrutura legal, pode considerar-se  um negócio ilícito e fraudulento. 

6. O Ministério da Administração Interna tem menorizado os  indícios visíveis (e até de ostentação) quer deste partido, quer de organizações a ele directa ou indirectamente ligadas.

É certo que essas organizações procuram, através da mediatização,  ganhar um protagonismo que não corresponde à sua marginalidade política.

Na URAP consideramos que é fundamentalmente no plano político, ideológico e cultural que devem ser combatidas as tentativas de reabilitação e desenvolvimento das ideologias, organizações e actividades de cariz nazi e fascista.

Mas seria perigoso se as autoridades menosprezassem o perigo que pode decorrer de iniciativas de carácter racista e fascista no nosso país.

6. O tempo que estamos a atravessar, os baixos salários, o desemprego, a precaridade, levam ao descontentamento e ao desânimo de largas camadas da população e são terreno fértil para a  propaganda de soluções de força, xenófobas, racistas, antidemocráticas.

7. A URAP apela a que todos os antifascistas participem numa grande campanha contra as tentativas de branqueamento e reabilitação da ditadura fascista, dos seus protagonistas, da sua política.

Chamamos também a atenção  das autoridades portuguesas para o seu dever de defesa da legalidade democrática.

Combatemos muito tempo por ela.

Custou cara a muita gente.

Estão em causa valores tão fundamentais como a liberdade, a igualdade, a justiça.

Não basta serem proclamados pela lei.

É necessário continuarmos a defendê-los, dia a dia.

A URAP continuará presente na luta contra o fascismo, pelos direitos do ser humano, pela democracia.

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