No dia 1 do mês de Maio de 1936, Peniche acordou com inúmeras bandeiras vermelhas que flutuavam ao vento nos edifícios dos Correios e Telégrafos, na Capitania do Porto, no Posto da Alfândega, na Central Eléctrica, nas obras de construção do molhe oeste, e numa árvore próxima da Escola Velha.
Durante a noite, um grupo de activistas pintou paredes com palavras de ordem revolucionárias, distribuiu jornais e manifestos clandestinos por baixo das portas, nos barcos de pesca e em edifícios públicos.
As bandeiras só estariam hasteadas durante uma hora, as autoridades locais retira- riam-nas prontamente, mas a acção de contestação ao regime fascista e colonialista de Salazar perpetuou-se no tempo e é hoje, 85 anos depois, no Dia Internacional do Trabalhador, lembrada e saudada por todos os democratas e antifascistas.
Para comemorar os 85 anos deste acontecimento, o núcleo da URAP de Peniche organizou, dia 30 de Abril, uma acção simbólica colocando bandeiras vermelhas nos mesmos locais onde estiveram erguidas em 1936.


O Núcleo de Almada da URAP encontrou-se, dia 24 de Abril, com crianças do "Estuário Colectivo" constituído por um grupo de moradores da Rua António Nobre, em Cacilhas, para falar sobre a Revolução de Abril e da liberdade e contar experiências de vida durante a ditadura fascista.
O Núcleo da URAP de Montemor-o-Novo comemorou o 25 de Abril de 1974 colocando faixas em três monumentos da cidade em homenagem aos democratas e antifascistas que ajudaram a construir a liberdade em Portugal e aos militares de Abril.
Na madrugada do dia 27 de Abril de 1974 os presos políticos foram libertados das fortalezas de Caxias e Peniche. Para celebrar a vida e a luta pela liberdade e pela democracia desses homens e mulheres, a URAP organizou, 47 anos depois, uma excursão a essas duas cadeias do fascismo.
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